Antônio Bambino é natural de São Paulo – SP, tem 52 anos e é graduado em Ciências Econômicas, com especialização em Gestão Empresarial e Mestrando em Ciências Contábeis. Atua há 35 anos no mercado financeiro/empresarial e há 14 anos como professor na FURB nas áreas financeira e ética profissional. Leciona, ainda, em cursos de pós-graduação no Instituto FURB, Univali e Unidavi.
Com qual objetivo a simulação foi inserida no currículo do Curso de Contábeis?
Antônio Bambino – Creio que os maiores objetivos foram usar a simulação como instrumento de empatia e o uso do conhecimento adquirido. A empatia, para que o acadêmico perceba os desafios que uma empresa e seus gestores enfrentam. Em relação ao conhecimento, a ideia é que, ao analisar relatórios, eles usem o que aprenderam nas diversas disciplinas para fazerem um diagnóstico de algo sem gabarito prévio.
Quais as vantagens que você notou com a implementação da simulação?
- Vivência prática, utilizando conhecimentos teóricos para tomar decisões.
- Entendimento dos efeitos das contingências na vida das empresas.
- Estímulo do trabalho em equipe, sabendo ouvir e negociar.
- Análise dos reflexos das decisões.
Qual a infraestrutura oferecida para a disciplina?
Antônio Bambino – A FURB oferece laboratórios confortáveis com ilhas individualizadas para as empresas, com hardwares adequados e atualizados.
Os alunos foram receptivos com a disciplina e gostaram da ideia de se tornarem diretores de uma empresa?
Antônio Bambino – A imensa maioria gosta muito da experiência, sente a responsabilidade de tomar decisões e trabalhar em equipes, e o cargo de Diretor confere certo status e aumenta a responsabilidade.
Quando você começou a utilizar a simulação, quais foram as primeiras impressões?
Antônio Bambino – O sistema é bem completo, e o uso é bem intuitivo. O SAD é um instrumento de alta qualidade, e a liberdade de criar cenários e modificá-los de forma ágil aumenta o desafio e o aprendizado.
Qual a importância do professor na aplicação da simulação?
- Explicar o processo.
- Dar a direção para que o ritmo fique adequado à turma.
- Criar novos desafios e reduzi-los quando oportuno.
- Orientar sobre as decisões e mostrar os melhores caminhos aos participantes.
O que você diria aos professores que estão iniciando a utilização da simulação?
Antônio Bambino – Vocês têm nas mãos uma excelente ferramenta de aprendizado e quanto mais entenderem o processo, e se aprofundarem nas possibilidades, mais rica será a experiência tanto para o professor quanto, principalmente, para os alunos.
Qual a sua opinião sobre o aprendizado dos alunos na simulação quando comparada com a realidade?
Antônio Bambino – Elas estão bem próximas. Questões como concorrência, inflação, governo, sindicatos, entre outras, aproximam a experiência acadêmica com o dia a dia. E creio que o esforço do professor em utilizar plenamente o sistema seja um ponto crucial para que o processo tenha o sucesso que o sistema e os alunos merecem.
Todo professor, antes de começar a utilizar os simuladores da Bernard, deve realizar um treinamento para instrução de como tirar o máximo da ferramenta. Na sua opinião, a existência desse curso preparatório é um diferencial?
Antônio Bambino – Acho vital o treinamento, pois, apesar do sistema ser intuitivo, são tantas as possibilidades e detalhes de uso que sem uma orientação você não tira o máximo do programa. Digo por experiência própria, pois o treinamento prévio me permitiu ter uma visão melhor das variáveis de uso e métodos didáticos. E ainda estou aprendendo.
Sabendo da aplicabilidade dos jogos de empresas (simulação gerencial), qual a sua opinião em relação ao crescimento desta área?
Antônio Bambino – Creio que experiência prática é uma necessidade em qualquer curso, vide a importância nas ciências biológicas e exatas. Já na área das ciências humanas existe uma dificuldade em oferecer esta experiência, portanto os simuladores gerenciais vêm diminuir esta deficiência.