Os três primeiros colocados no Torneio Gerencial 2009 dão seus depoimentos e falam um pouco sobre a experiência de administrar uma empresa simulada.
O que você aprendeu disputando o Torneio Gerencial?
Pablo Rodrigues – Aprendi a interligar diversos conteúdos aprendidos em sala de aula (…) em uma única ferramenta de controle gerencial. Um exemplo disso é a ligação entre os seguintes itens: fluxo de caixa, DRE, balanço patrimonial, controle da produção, decisões comerciais, pesquisa de mercado, macroeconomia, entre outros. Tomar uma decisão levando em conta todos esses relatórios, juntamente com a influência da concorrência, força o gestor a pensar e organizar a empresa de forma muito próxima à realidade. Isso foi o maior aprendizado no torneio e são experiências que não ocorrem normalmente nas aulas das universidades.
Bruno Leite – Tenho uma empresa e, muitas vezes, desconheço certos assuntos e tarefas específicas, principalmente na área financeira (…). O torneio me mostrou que entender perfeitamente todos os relatórios (financeiros, contábeis, de mercado e operacionais) é essencial para a tomada de decisão. A prática na simulação abriu-me horizontes para efetuar as mesmas análises do jogo na vida real, na minha empresa. Esse foi o aprendizado mais importante.
Carolina Luchezi – Aprendi que, para gerenciar uma empresa, precisamos tomar decisões que afetam diversas áreas. Aprendi como uma variável influência a outra e que para ter sucesso é preciso equilibrar a aplicação dos recursos (…). Outro ponto importante foi a dinâmica do torneio, o exercício que foi necessário para tentar prever as ações dos concorrentes, baseado nas informações de mercado e contabilidade.
Quais as principais dificuldades encontradas durante a competição?
Pablo Rodrigues – A dificuldade em prever as decisões dos concorrentes, principalmente nos preços, torna todo o planejamento mais difícil. Um pequeno erro de previsão de mercado pode acabar com todo o resto do planejamento da empresa. Outro problema foi lidar com empresas de políticas agressivas de preço muito baixo e produção muito alta, elas acabam aumentando o risco do mercado, diminuindo as margens de lucro e prejudicando elas mesmas.
Você se sente mais preparado para enfrentar o mercado de trabalho depois de ter participado do Torneio Gerencial? Por quê?
Pablo Rodrigues – Sinto-me bem mais seguro para enfrentar o mercado de trabalho, pois todos aqueles aprendizados que obtive ao longo dos anos, que achava que eram vagos e sem utilidade, estão agora interligados na minha mente como algo concreto. Posso dizer agora: Eu sei como funciona, eu sei o que fazer em uma empresa. Basicamente aprendi a correlacionar todos os setores de uma empresa.
Bruno Leite – Apesar de já ter certa experiência no mercado de trabalho, me sinto mais preparado devido à importância que dou a certas coisas agora que eu não dava antigamente. O torneio me mostrou a utilidade de certas previsões e planejamentos financeiros.
Você acredita que a simulação gerencial deveria ser uma disciplina implantada em todas as faculdades de administração, contábeis, economia, etc.? Por quê?
Pablo Rodrigues – Com certeza. A simulação gerencial, além de ser uma ferramenta motivante e emocionante, proporciona a ligação e a utilidade real de todos os conteúdos aprendidos nas universidades. Apesar de ser parcialmente superficial em algumas áreas, o aluno consegue ter uma visão abrangente de como tudo acontece em uma empresa (…).