A simulação gerencial, ou jogos de empresas, como também é chamado, é um método único, mas utilizando com diversas abordagens, dependendo do público-alvo e dos objetivos. A essência do método é baseada no fluxo de um processo. Existem entradas de dados (as decisões do professor e dos alunos) o processamento (a simulação) e as saídas (os relatórios e gráficos). Este fluxo se repete por diversos períodos para que os alunos aprendam por tentativa e erro (experimentação). Os períodos utilizados são normalmente trimestrais para permitir simular decisões, e suas consequências, no longo prazo, o que é fundamental para decisões estratégicas.
O público-alvo pode ser dividido em duas grandes áreas: corporativo e acadêmico. No uso corporativo a simulação pode ser utilizada, entre outros, para capacitação gerencial, congressamentos, integração departamental, desenvolvimento de lideranças, seleção e desenvolvimento de trainees. No uso acadêmico o objetivo principal é fazer com que os alunos pratiquem os conceitos abordados nas diversas disciplinas dos cursos, ou seja, o método proporciona prática, que muitas vezes falta aos cursos ligados à gestão. Podemos ainda segmentar o uso acadêmico por tipo de curso. Por exemplo, no caso do curso de Administração um dos grandes objetivos da simulação é a integração das diversas disciplinas do curso, permitindo ao aluno ter uma visão sistêmica do funcionamento das empresas. Nos cursos de Ciências Contábeis os alunos podem visualizar na prática como a contabilidade contribui para o processo de tomada de decisões nas empresas. Precificação baseada em custos e outras estratégias, elaboração de fluxo de caixa e orçamento são alguns dos exemplos. Nos cursos de Economia os alunos têm acesso aos impactos dos aspectos macroeconômicos para o desempenho das empresas, bem como o seu próprio funcionamento. Outros cursos ligados à gestão também podem se valer dos benefícios do método de simulação gerencial, incluído os cursos de pós-graduação.
Professor Ricardo Bernard, Ph.D.