Antônio Carlos Cunico Jr se formou em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná (Unicentro) no ano de 1999, realizando pós-graduações em Gestão Industrial Empresarial na FAE e Economia e Finanças Empresariais na Fundação Getúlio Vargas (FGV). Leciona há mais de 16 anos em graduações e pós-graduações nas Instituição Campo Real e Novo Ateneu, nas disciplinas de economia, macroeconomia, microeconomia, custos e jogos de empresa.
Qual a importância da simulação no curso de Administração?
Antônio Cunico – A importância é gigantesca, uma vez que a simulação consegue preencher as lacunas entre o conteúdo teórico e a prática.
Como o professor enxerga o comprometimento dos alunos, antes e depois do uso da simulação, em sala de aula?
Antônio Cunico – Boa parte dos alunos que praticam a simulação consegue se comprometer muito mais com o curso, devido à vivência profissional que a simulação alcança. Muitos alunos ainda não trabalham ou atuam como administradores, a simulação é um diferencial na inclusão e na formação do espírito empreendedor.
Qual a infraestrutura que o professor considera ideal para a simulação? Como é o seu espaço?
Antônio Cunico – Durante 12 anos trabalhei em laboratórios de informática. Atualmente, através de um projeto empreendedor, conseguimos implantar a disciplina de Jogos de Empresa em 14 cursos da Instituição Campo Real. Estamos construindo um centro empreendedor com salas próprias para a simulação, com ambiente totalmente voltado ao que há de novo na área de negócios (televisões, ilhas para as empresas, espaço de café e salas de reunião). Acreditamos que será um passo importantíssimo para a consolidação da Instituição como faculdade referência na área de negócios e empreendedorismo do interior do Paraná.
Como foi a curva de aprendizagem do professor com nossos simuladores?
Antônio Cunico – Estou bem mais a vontade, utilizando todos os recursos disponíveis e simuladores possíveis (indústria, comércio, serviços e agroindústria). Aplicamos nesse semestre a simulação com 40 professores da instituição, na intenção de integralizar toda a faculdade e conseguir fazer a interdisciplinaridade no curso de administração e demais.
Quais as vantagens que a simulação gerencial traz aos alunos?
Antônio Cunico – A vantagem sempre estará na prática de gestão. E agora, com o centro de empreendedorismo que estamos construindo, o ambiente empresarial será um diferencial. Nossas quatro aulas acontecem todas durante um mesmo dia na semana. Nesse dia o aluno vem exclusivamente para administrar a empresa que ele dirige.
Durante a simulação, você acha que os alunos incorporam o papel de gestores e se sentem responsáveis pela empresa ou tratam a simulação apenas como uma brincadeira?
Antônio Cunico – Em uma sala com 40 alunos e com aulas ao longo do semestre, é muito provável acontecer brincadeiras também. Cabe muito ao professor-coordenador deixar o ambiente sempre profissional e não acadêmico. Se a gazeta for bem elaborada e sempre tiver uma atividade extra ao ato de jogar, mesmo os alunos dispersos tendem a colaborar e se integrar as dinâmicas.
Qual a importância que o professor vê sobre as várias vertentes que a simulação pode trazer para os alunos?
Antônio Cunico – Os alunos conseguem realmente entender o papel do administrador, saber da importância da contabilidade, do fluxo de caixa, dos conflitos gerados entre os departamentos e do papel dos administradores em gerenciar esses conflitos em pró da empresa.
Você orientaria outros professores a utilizarem a simulação gerencial em suas matérias ou seus cursos? Porquê?
Antônio Cunico – Sim. Nesse semestre toda a faculdade conhecerá o sistema. Acreditamos que todas as profissões, mesmo um profissional liberal, como os advogados, médicos e engenheiros, terão que profissionalizar a gestão de suas atividades, com a intenção de aperfeiçoar seu tempo e gerir os resultados financeiros de suas atividades. O conhecimento da gestão de uma empresa é fundamental para o sucesso de profissional ou negócio.